quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mais de 20 lojas do Centro podem ser interditadas por poluição sonora

Pelo menos 21 lojas do Centro de Maceió podem ser interditadas, dentro dos próximos cinco dias, caso continuem a emitir sons em volumes além do permitido por lei. A Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) já autuou e multou grandes comerciantes sob a alegação de que eles contribuem para a poluição sonora no bairro.

“Os comerciantes foram notificados e tiveram 30 dias para pedir o licenciamento ambiental e se adequarem às normas. Infelizmente, eles não acataram o determinado e agora podem ter suas lojas fechadas”, adiantou o secretário de Meio Ambiente de Maceió, Ivan Bergson. Até a regularização, cada loja pagará uma multa diária de R$ 210,75. Depois do prazo de cinco dias, os fiscais da Sempma voltarão ao Centro para monitorar que mudanças foram implantadas e se a licença ambiental foi pedida.

Os 21 processos contra as lojas infratoras foram publicados na edição desta quarta-feira (24) do Diário Oficial do Município e cita as lojas Vieira e Ribeiro Fitness duas vezes, Steticar Tintas Automotivas, Carlos Sérgio Morais dos Santos, Lojas Insinuante, Lojas Guido, Agitus Calçados, Eletro Shopping, Carvalho & Santos Magazine, SS Comércio de Importados, Divaci Felizardo da Rocha, José Ferreira dos Santos, Barros e Santos Comércio Auto Mecânica Rotary, José Ernando de Oliveira, Restaurante Gororoba, Vilar e Silva Comércio Alimentos, Paulo Luis Pereira do Nascimento Filho, Varejão dos Remédios, Josefa Costa de Araújo Restaurante, Waldir Ribeiro Júnior.

O problema da utilização de equipamento de som nas ruas do Centro gera conflito há muito tempo entre comerciantes e fiscais da Sempma, que fazem vistorias rotineiras para enquadrar os lojistas no estabelecido pela legislação ambiental.

A própria Aliança Comercial e de Retalhistas de Maceió vem fazendo um trabalho para orientar os comerciantes a respeitar os limites de som dentro e fora dos estabelecimentos. “Infelizmente, os comerciantes acreditam que colocando som alto nas portas de suas lojas vão atrair mais clientes. O resultado disso é uma grande poluição sonora no Centro. Chegamos a níveis calamitosos”, disse o vice-presidente da Aliança, Daniel Fireman.

A guerra do “quem pode mais” se agrava, segundo relatou Daniel Fireman, quando os ambulantes entram na disputa para chamar atenção dos consumidores. “Eles passam com carrinhos para vender CDs e DVDs com o som muito alto. Aí o lojista quer disputar o espaço e entra na guerra”, lamentou.

Diante deste cenário, a própria Aliança convocou a Sempma para conter a situação. “Trabalhamos para defender os direitos dos lojistas, mas temos de orientá-los a trabalhar da forma correta e, neste caso, eles estão errados”, afirmou Fireman.


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