quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Edifícios verdes ganham espaço em Maceió

Sustentabilidade. O conceito cada vez mais difundido no mundo inteiro vem ganhando força também em Maceió. A preocupação com o meio ambiente já é notada em vários segmentos da sociedade e a difusão de informações sobre o tema gera cada vez mais interesse de pessoas e empresas.

Apostando neste conceito, construtoras lançam empreendimentos com foco ecológico, adotando práticas sustentáveis desde o início das obras, além de planejar medidas semelhantes para os futuros moradores destes imóveis.

Em Alagoas, a Construtora Humberto Lôbo é uma das pioneiras na construção de edifícios verdes. Aliando bem estar à consciência ambiental, a empresa lançará, no mês de novembro, um condomínio ecologicamente correto chamado VC Green Life. “É uma tendência mundial. Reunimos no empreendimento boas práticas ambientais em todas as etapas da obra”, afirmou José Humberto Lôbo, diretor da construtora.

O arquiteto Paulo Gusmão, responsável pelo projeto do VC Green Life, contou que estão previstas a reutilização de água, a coleta seletiva de lixo e o uso de energia solar no empreendimento, entre outras práticas sustentáveis. “O cuidado com o planeta deve ser uma preocupação constante, não apenas modismo. Esta obra vai aliar técnicas bem interessantes no que se refere a este tema, além de contemplar plano de acessibilidade”, observou ele.

A ideia é que a consciência ambiental seja estimulada de diversas maneiras no empreendimento, para que práticas ecológicas se tornem rotineiras. “Quando pensamos em construir prédios assim levamos em conta também que essas práticas de sustentabilidade sejam multiplicadas por quem vai adquirir as unidades habitacionais. No VC Green Life teremos ainda uma área verde para estimular o respeito à natureza”, concluiu Gusmão.



Mais de 20 lojas do Centro podem ser interditadas por poluição sonora

Pelo menos 21 lojas do Centro de Maceió podem ser interditadas, dentro dos próximos cinco dias, caso continuem a emitir sons em volumes além do permitido por lei. A Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) já autuou e multou grandes comerciantes sob a alegação de que eles contribuem para a poluição sonora no bairro.

“Os comerciantes foram notificados e tiveram 30 dias para pedir o licenciamento ambiental e se adequarem às normas. Infelizmente, eles não acataram o determinado e agora podem ter suas lojas fechadas”, adiantou o secretário de Meio Ambiente de Maceió, Ivan Bergson. Até a regularização, cada loja pagará uma multa diária de R$ 210,75. Depois do prazo de cinco dias, os fiscais da Sempma voltarão ao Centro para monitorar que mudanças foram implantadas e se a licença ambiental foi pedida.

Os 21 processos contra as lojas infratoras foram publicados na edição desta quarta-feira (24) do Diário Oficial do Município e cita as lojas Vieira e Ribeiro Fitness duas vezes, Steticar Tintas Automotivas, Carlos Sérgio Morais dos Santos, Lojas Insinuante, Lojas Guido, Agitus Calçados, Eletro Shopping, Carvalho & Santos Magazine, SS Comércio de Importados, Divaci Felizardo da Rocha, José Ferreira dos Santos, Barros e Santos Comércio Auto Mecânica Rotary, José Ernando de Oliveira, Restaurante Gororoba, Vilar e Silva Comércio Alimentos, Paulo Luis Pereira do Nascimento Filho, Varejão dos Remédios, Josefa Costa de Araújo Restaurante, Waldir Ribeiro Júnior.

O problema da utilização de equipamento de som nas ruas do Centro gera conflito há muito tempo entre comerciantes e fiscais da Sempma, que fazem vistorias rotineiras para enquadrar os lojistas no estabelecido pela legislação ambiental.

A própria Aliança Comercial e de Retalhistas de Maceió vem fazendo um trabalho para orientar os comerciantes a respeitar os limites de som dentro e fora dos estabelecimentos. “Infelizmente, os comerciantes acreditam que colocando som alto nas portas de suas lojas vão atrair mais clientes. O resultado disso é uma grande poluição sonora no Centro. Chegamos a níveis calamitosos”, disse o vice-presidente da Aliança, Daniel Fireman.

A guerra do “quem pode mais” se agrava, segundo relatou Daniel Fireman, quando os ambulantes entram na disputa para chamar atenção dos consumidores. “Eles passam com carrinhos para vender CDs e DVDs com o som muito alto. Aí o lojista quer disputar o espaço e entra na guerra”, lamentou.

Diante deste cenário, a própria Aliança convocou a Sempma para conter a situação. “Trabalhamos para defender os direitos dos lojistas, mas temos de orientá-los a trabalhar da forma correta e, neste caso, eles estão errados”, afirmou Fireman.


Tartarugas marinhas fazem primeira desova do ano na orla de Maceió

E a natureza reinicia seu ciclo anual: começou a temporada 2012/2013 de desovas de tartarugas marinhas no litoral alagoano. O registro da primeira desova foi feito na noite desta terça-feira (23), na Praia de Jatiúca, pelo Instituto Biota de Conservação.

Uma tartaruga da espécie Oliva depositou 139 ovos nas areias da praia. Os biólogos do Biota aproveitaram a ocasião para coletar dados biométricos do animal. Após o procedimento, os ovos foram recolhidos e encaminhados a praia de Riacho Doce, onde serão monitorados até o nascimento.

A estratégia de remover os ovos para locais mais seguros tem garantido a sobrevivência de milhares de tartarugas marinhas.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ambientalista denuncia prática ilegal de caça de tartarugas na Bahia

Ambientalistas da Organização Não Governamental PAT Ecosmar encontraram oito tartarugas presas em uma rede conhecida como caçoeira na manhã deste sábado (13), na região de Mogiquiçaba, distrito localizado no município de Belmonte, a 695 km de Salvador.

De acordo com informações de Paolo Botticelli, coordenador da ONG, seis tartarugas foram encontradas mortas e duas estavam debilitadas. Após reanimação, as tartarugas foram soltas na praia da região. As outras passaram por necropsia, que apontou afogamento como causa da morte.

“Os animais foram encontrados em uma rede conhecida como rede de espera, que é feita com uma malha muito grande e, utilizada em alto mar, ela serve para prender peixes do tipo cação. Já quando elas são utilizadas na beira da praia elas servem para caçar tartarugas”, afirmou Botticelli.

Ele contou ao G1 que as tartarugas encontradas no litoral pertencem a uma espécie conhecida como ‘tartaruga verde’ e são capturadas para consumo ou venda. A prática é ilegal na região, que é uma Área de Proteção Estadual. (Fonte: G1)



Roraima quer ser o primeiro Ecoestado do mundo

O governo de Roraima apresentou na sexta-feira (19) um projeto ambicioso de sustentabilidade que quer transformar a região no primeiro Ecoestado do mundo. A iniciativa também conta com a parceria da Unido, agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Desenvolvimento Industrial, e da Fundação Astronauta Marcos Pontes.

“Nas Ecocidades, temos apenas um projeto sustentável na localidade. A ideia do Ecoestado é integrar os mais diversos projetos e desenvolvê-los em uma região de maior abrangência”, explica Jan Dictus, representante da Unido.

Roraima foi escolhida pelas duas instituições para ter o programa pioneiro por dois fatores: localização próxima à região Amazônica, foco da atenção mundial, e pelo potencial ainda pouco explorado para desenvolver práticas ecológicas e sustentáveis. “[O Estado] Me chama a atenção pela sustentabilidade possível de ser implantada e pelo potencial do agronegócio e do turismo”, afirma o astronauta brasileiro.

A ideia é transformar várias cidades em modelos para o Brasil. A capital Boa Vista será a primeira a ser moldada dentro dessa nova concepção sustentável, integrando diversos aspectos, como energia renovável, mobilidade urbana, distribuição de água potável e rede de saneamento. O projeto, que tem como tripé um Estado ecologicamente sustentável, economicamente viável e socialmente justo, foi apresentado pela primeira vez durante a Conferência Rio+20, em junho passado.

O comitê discutiu com representantes dos governos estadual e federal, com os setores da indústria e do comércio e com a sociedade futuras ações de desenvolvimento que possam viabilizar o projeto, levantando questões que abrangem agronegócio, energia, educação, tecnologia, meio ambiente, transportes, indústria e turismo. Nos últimos três dias, o grupo também abordou políticas estratégicas e técnicas para a sustentabilidade viáveis para o Estado.

Os dados e informações levantados nas reuniões serão apresentadas à ONU, segundo a assessoria do governo de Roraima. Mesmo sem data definida de implantação, Pontes afirmou que já está firmada uma carta de compromisso entre o Estado, a Unido e a sua fundação. “Nossa intenção é que, a partir do próximo ano, possamos expandir alguns projetos-piloto que já estão em funcionamento no Estado”, conclui. (Fonte: UOL)

TEXTO DISPONÍVEL EM: http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/10/22/88230-roraima-quer-ser-o-primeiro-ecoestado-do-mundo.html


ONU alerta que 50% da biodiversidade mundial está desprotegida

por Redação do EcoD


Apesar do número crescente de reservas naturais, parques nacionais e outras áreas protegidas em todo o mundo, metade das zonas do globo mais ricas em biodiversidade permanecem totalmente desprotegidas. É o que afirma o relatório Planeta Protegido 2012 – Monitorando o progresso rumo a metas globais para as áreas protegidas, apresentado na quinta-feira, 18 de outubro, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Entre outras conclusões, o relatório afirma que as áreas protegidas estão sendo geridas de uma forma mais equitativa, com um acréscimo no papel das comunidades indígenas, mas o investimento em áreas protegidas atende apenas metade do que é necessário para preservar as espécies ameaçadas de extinção, proteger os habitats e fornecer todos os benefícios esperados.

“As áreas protegidas contêm cerca de 15% do estoque de carbono do mundo e fornecem os meios de subsistência para mais de um bilhão de pessoas, tornando-se um fator crucial no apoio a serviços de biodiversidade, ecossistemas e modos de vida humanos”, afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.

O relatório, o primeiro de uma série anual que vai monitorar o progresso das áreas de conservação, foi apresentado na 11ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB COP-11), realizada na cidade indiana de Hyderabad.

A CDB definiu, há dois anos, metas que preveem a gestão e conservação até 2020 de pelo menos 17% das áreas terrestres do mundo (duas vezes maior do que a Argentina) – e 10% das áreas marinhas (o equivalente a uma área um pouco maior do que a Austrália).

“Este novo relatório fornece não só os fatos e os valores necessários paras tomadores de decisão, mas delineia maneiras de superar desafios fundamentais na gestão de áreas protegidas”, acrescentou Steiner. Entre as ações recomendadas pelo relatório estão o maior envolvimento das comunidades locais, o aumento das áreas protegidas e um maior número de estudos e entrelaçamentos de dados sobre o tema.

Ainda segundo o estudo, pouco mais de 12% das áreas terrestres do mundo são pensadas para ser protegidas hoje. As áreas marinhas, no entanto, estão ainda mais longe de atingir a meta da CDB, pois apenas 1,6% delas estão protegidas. Mas o relatório também aponta um crescimento de mais de 150% nessas áreas desde 2003, principalmente nas zonas costeiras.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Governo promove Seminário de Aquicultura

A Secretaria de Estado da Pesca e de Aquicultura (Sepaq) realiza, entre os dias 05 e 08 de novembro, o Seminário Alagoano de Aquicultura, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió. O evento tem como tema "Empreendedorismo em aquicultura".

O seminário é voltado para aquicultores, técnicos, interessados na atividade, empresários, fornecedores, produtores, além de acadêmicos e estudantes em geral. Durante os quatro dias de encontro, os participantes terão a oportunidade de conhecer, debater e trocar experiências relacionadas à produção aquícola no estado de Alagoas, no Brasil e no mundo. O evento contará com minicursos, mesas redondas e palestras.

O diferencial será o último dia do evento, quinta-feira (08): a prática. Por meio do Dia de Campo nas Pisciculturas Red Fish (produção de alevinos de tilápia) e Águas de Pituba (cultivo de tilápias em tanques-rede), ambas em Coruripe. Lá o participante conhecerá as boas práticas de cultivo, manejo e comercialização.

O primeiro dia do seminário (05), será voltado para os minicursos. Na terça-feira (06) acontece a abertura oficial do evento, com a participação do secretário de Estado da Pesca e Aquicultura, Regis Cavalcante e outras autoridades.

O destaque do dia é a apresentação de Fernando Kubitza, mestre em nutrição animal e doutor em aquicultura, que falará da Aquicultura – no Brasil e no mundo. A palestra internacional fica a cargo de um dos técnicos da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), a respeito de Gestão das áreas de maricultura na Espanha. As palestras, mesas redondas e debates seguem até quarta-feira (07).

Os temas abordados nos minicursos serão: Doenças de Peixes, Extensão Pesqueira e Aquícola, Alimentos Alternativos na Piscicultura, Licenciamento Ambiental e Processamento de Pescado. Cada participante poderá se inscrever em até dois minicursos, sendo em turnos diferentes. Para cada minicurso, a inscrição é 1 quilo de alimento não perecível.

A inscrição para trabalhos científicos foram prorrogadas até dia o próximo dia 26. As normas e o resumo para o envio dos mesmos estão no site www.pesca.al.gov.br. A Sepaq irá premiar os três melhores trabalhos com tablet e livros técnicos do segmento.

O formulário de inscrição e a programação completa já estão disponíveis no site: www.pesca.al.gov.br e no dia do evento cada participante deverá levar 2 quilos de alimento não perecível, para serem entregues a instituições carentes.


IMA e BPA flagram crime ambiental em Área de Preservação

O proprietário da fazenda Alto da Colina, localizada em São Luís do Quitunde, onde foram encontradas 141 toras de madeira, poderá receber multa e sofrer até três anos de detenção. Sem qualquer tipo de autorização ele cortou diversas árvores de vegetação nativa de Mata Atlântica. O crime ambiental foi constatado durante operação do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), na tarde de ontem (16).

Em três horas de procura dentro da mata fechada, técnicos do IMA e policiais do BPA encontraram as 141 toras, com comprimento e diâmetro médios de 2,5m e 25cm, respectivamente, escondidas ao longo de cinco locais na borda da mata nativa, prontas para serem transportadas. Segundo Fernando Calado, sargento do BPA, há cerca de quinze dias policiais do órgão tomaram conhecimento da extração irregular de madeira na região e solicitaram a operação conjunta com o IMA.

Os técnicos do Instituto mensuraram o impacto causado e responsabilizarão o autor do crime, que pode ser multado, detido por até três anos ou ter ambas as penas acumuladas. Há ainda dois agravantes: “a região é de topo de morro e tem inclinação acima de 45 graus, sendo caracterizada como Área de Preservação Permanente (APP) e de vegetação de Mata Atlântica em estágios de médio a avançado estado de regeneração natural”, explicou Augusto Castro, engenheiro florestal do IMA.

Segundo o engenheiro, os infratores utilizaram o corte seletivo de árvores de grande porte e de valor comercial. “Encontramos tocos de visgueiros com até um metro de diâmetro. As árvores deveriam ter aproximadamente 18 metros de comprimento. Além disso, encontramos também evidências de que muita madeira já foi retirada do local”, disse Augusto Castro.

De acordo com a lei 9.605, de fevereiro de 1998, cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente e sem permissão de autoridade competente é crime. Em Alagoas, para qualquer supressão de vegetação nativa deve ser solicitada autorização ao IMA. Os compradores de madeira de origem nativa também devem observar o que determina a legislação, a posse do Documento de Origem Florestal (DOF) e evitar cometer crimes ambientes para não sofrer punições.

Fonte: Ascom IMA


Secretaria de Saúde usa peixe para controlar dengue em AL

A Secretaria de Saúde de Colônia Leopoldina, em Alagoas, usa o peixe chamado de barrigudinho para controlar a dengue. Houve redução do número de focos da doença desde quando ele começou a ser usado pela vigilância epidemiológica do município.

Há seis meses, a cidade enfrentava um surto de dengue até que a Secretaria de Saúde do município implementou um projeto barato e eficaz no combate à doença. Depois de 10 anos de pesquisa, eles concluíram que o peixe come as larvas do mosquito transmissor da doença.

A captura do peixe é feita no açude da cidade de Marial, em Pernambuco. O agente da Vigilância Epidemiológica Genésio José da Silva usa uma rede para pegar dezenas de peixes de uma só vez.

Os barrigudinhos, também conhecidos como gouppys ou lebiste, são levados numa caixa térmica até o tanque chamado de quarentário, onde passam por um processo de adaptação ao novo ambiente. Os peixes são alimentados apenas com larvas do mosquito. É tanta eficiência que os profissionais pensam em fazer a reprodução dos peixes em cativeiro.

Depois de passarem por todo processo os peixes são levados em sacos plásticos e distribuídos de casa em casa pelos agentes de endemias. Em seguida, são colocados nos reservatórios, como cisternas e cacimbas, onde foram encontrados focos de dengue da cidade. O agente ainda faz um monitoramento periódico para ver se as larvas foram mesmo eliminadas.

Durante a visita o agente ainda faz um trabalho de conscientização com a distribuição de cartilhas que contêm informações da Embrapa sobre o combate a dengue. Os peixes barrigudinhos não são colocados apenas nas casas. Durante as visitas de rotina os agentes encontram focos que ficam, por exemplo, num calçamento desnivelado.

O agente da vigilância epidemiológica Gilson Tadeu Acioly explica que o controle biológico feito com o peixe é mais eficaz que o químico, com larvicidas. A pesquisa foi realizada pela equipe de endemias de Colônia Sacramento.