O Ministério Público Estadual abriu procedimento para investigar o desmatamento de mata nativa e demarcação de terras para ocupações irregulares na Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé. O manancial da região é responsável pelo abastecimento de água 30% da cidade de Maceió, Vila ABC e Fernão Velho.
A investigação tem como objetivo evitar a destruição da vegetação de Mata Atlântica da área, onde é proibido qualquer tipo de atividade que possa provocar qualquer tipo de dano, como erosão nas encostas, desmatamento, cortes bruscos, retirada de madeira ou de solo.
Uma audiência pública para definir as ações acontece no próximo dia 18 com a presença do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA).
A investigação do MP é decorrente de denúncias veiculadas na imprensa e do resultado de uma operação dos três órgãos em outubro do ano passado, que flagrou marcas de desmatamento, piquetes e sinais de ocupação ilegal na APA.
A operação flagrou o transporte de madeira em carroças, pastagem de animais, construções de cocheiras e barracos, bem como estacada para construção de pista esportiva.
Uma retroescavadeira foi utilizada para derrubar as estacas instaladas na área da APA e fazer a terraplenagem dos locais onde se situavam as cocheiras e barracos, cuja madeira e telhas foram retiradas às pressas pelos invasores.
A mata do Catolé tem 620 hectares e está localizada dentro da Área de Proteção Ambiental do Catolé e Fernão Velho, que possui 5.415 hectares e abrange os municípios de Maceió, Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco.
Fonte: http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2013/03/01/232823/ministerio-publico-vai-investigar-crimes-ambientais-em-apa
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