terça-feira, 17 de julho de 2012

Protetora de animais é despejada com 24 gatos e cães e pede ajuda na rede

Uma professora está mobilizando pessoas pela internet para conseguir assinaturas de uma petição com o objetivo de conseguir uma nova residência. Taciana Maria Gomes cuida, atualmente, de 24 cães e gatos que antes estavam abandonados pelas ruas da cidade de Capela, interior de Alagoas. Mesmo sem ter um novo local para morar, o proprietário da residência de sua atual residência moveu uma ação de despejo e deu prazo para a desocupação do imóvel, que deve ser esvaziado e entregue pela inquilina até o fim deste mês.

Taciana desenvolve um trabalho de tratamento de cães e gatos abandonados há mais de seis anos na cidade. Por conta da quantidade de animais que possui, ela afirma que a busca por uma residência se torna uma missão quase impossível - nenhum proprietário aceita alugar imóvel para Taciana, por conta do grande número de animais. Segundo a professora, o dono da residência onde mora chegou a suspender o fornecimento de energia e água para forçar que ela deixasse o imóvel.

“Conversei ontem com o dono da casa e ele me deu até o final do mês para desocupar a residência, mas quando procuro outro imóvel e digo que tenho 24 animais o proprietário desiste de fazer o contrato. Já tentei até em outros municípios vizinhos, mas até agora só tive respostas negativas”, afirma.

Ela também reclama que não possui ajuda de nenhum órgão e mantém todos os animais com certa dificuldade financeira. Na casa onde vive, ela improvisou um canil para abrigar os 14 cães. Os 10 gatos ficam dentro da casa, em um dos quartos. Além dos animais que estão na casa, Taciana ainda percorre as ruas da cidade para dar água e comida a outros bichos abandonados.

Insatisfeitos com a situação de Taciana, alguns amigos se mobilizaram pela internet e estão arrecadando assinaturas para cobrar da prefeitura apoio na construção de uma sede para a ONG 'Anjos da Anja' que atualmente está em sendo improvisada na residência alugada de Taciana (veja aqui).

“Infelizmente eu não tenho para onde ir e caso não consiga uma nova residência até o final desse mês eu terei que ir para a rua. As pessoas não entendem meu trabalho e acabo sendo vítima de preconceito. Já pedi apoio na prefeitura e já fui até ao Ministério Público pedir ajuda porque minha situação é difícil”, disse.

Por Vanessa Siqueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário